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Filo terminal.
O filo terminal (filum terminale) é um fino cordão
de tecido conjuntivo com cerca de 20 cm de comprimento, que vai do ápice
do cone medular (ao nível da vértebra L2) ao cóccix.
Os ¾ proximais são chamados filo terminal interno,
antes de atravessar o fundo de saco dural e, após isso, fala-se
em filo terminal externo. A transição ocorre ao nível
do bordo inferior da segunda vértebra sacral. O filo insere-se no
dorso da primeira vértebra coccígea.
Histologicamente, o filo é composto por tecido conjuntivo derivado da pia-máter (já que é contínuo cranialmente com a pia-máter da medula espinal) e vasos. O canal central da medula continua-se no interior do filo terminal por alguns milímetros. Assim, células ependimárias são o elemento neuroectodérmico mais conspícuo. Podem formar um canal patente, e até dilatado, constituindo nas proximidades do cone medular o chamado ventrículo terminal de Krause. Estão apoiadas diretamente sobre tecido conjuntivo, e não se continuam com neurópilo, diferentemente do epêndima de outros locais. O filo terminal pode ainda conter fibras nervosas e neurônios.
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Tecido fibroso e vasos. O filo é constituído predominantemente por denso tecido fibroso colágeno, com fibras espessas, e pequenos vasos. Estes comumente apresentam a camada adventícia proeminente, com fibras colágenas delicadas. | |
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Tricrômico de Masson. As relações entre os elementos do filo são melhor estudadas com tricrômico de Masson, que cora fibras colágenas em azul. O canal central é excêntrico e continua o da medula. As células ependimárias do canal central e células gliais em torno apóiam-se diretamente sobre o colágeno. | |
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Há contato íntimo entre as células ependimárias ou as células astrocitárias adjacentes com as fibras colágenas ao seu redor, que constituem a maior parte do filo terminal. O colágeno é contínuo com a pia-máter da medula espinal. | |
Epêndima. Os diminutos corpúsculos corados em vermelho no ápice das células ependimárias provavelmente correspondem aos chamados blefaroplastos, ou corpúsculos basais de cílios, também observáveis com PTAH (adiante). | |
Vasos. Os vasos que estão no meio do tecido ependimário, e mesmo nas áreas fibrosas, têm uma proeminente adventícia rica em colágeno. Lembram o aspecto do ependimoma mixopapilar, um tumor que se origina do filo terminal. Para exemplos, clique: banco de imagens, casos de neuropatologia e de neuroimagem. | |
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PTAH. A hematoxilina fosfotúngstica de Mallory mostra colágeno em cor vermelha-tijolo, destacando-o das células ependimárias e gliais azuladas. | |
Notar a proeminente adventícia rica em colágeno dos vasos do filo, estejam estes no tecido glial ou na porção colágena da estrutura. | |
PTAH. Cílios e blefaroplastos. É possível identificar cílios na superfície das células ependimárias, e muitos blefaroplastos, que são as organelas citoplasmáticas chamadas em microscopia eletrônica de corpos basais, onde os cílios se inserem. Os blefaroplastos são vistos como diminutos corpúsculos azuis no citoplasma apical das células ependimárias. | |
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