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CÉLULAS DA INFLAMAÇÃO CRÔNICA INESPECÍFICA |
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ASTRÓCITOS GEMISTOCÍTICOS INDICAM QUE O PROCESSO INFLAMATÓRIO LESOU O TECIDO NERVOSO |
Lâm.
A. 76. Meningite purulenta em organização. Este
paciente sofreu uma meningite aguda purulenta que não levou ao óbito.
O processo agudo foi debelado (provavelmente por antibióticos) mas
o paciente veio a falecer depois por outra causa.
A lâmina mostra um fragmento de córtex cerebral cuja leptomeninge (aracnóide + pia-máter) está espessada pelo exsudato purulento degenerado (camada mais superficial) e tecido de granulação. Este é o tecido que aparece após um processo inflamatório agudo e que procede ao reparo da lesão, com formação de uma cicatriz fibrosa. O tecido de granulação tem dois constituintes básicos: capilares neoformados e infiltrado inflamatório crônico inespecífico. Os capilares são jovens, de paredes finas e células endoteliais com núcleos tumefeitos. O infiltrado mostra os quatro tipos de células da inflamação crônica: linfócitos, plasmócitos, macrófagos e fibroblastos. Com o passar do tempo, as células inflamatórias vão diminuindo e a quantidade de colágeno vai aumentando, até constituir-se uma cicatriz de tecido fibroso denso. No caso da meningite, isto leva à obliteração do espaço subaracnóideo com prejuízo à circulação do líquor, podendo causar hidrocefalia. Na camada mais superficial do córtex cerebral (camada molecular), em contato com a leptomeninge, notam-se vários astrócitos gemistocíticos. Estes astrócitos são formas reativas à meningite. Sua presença é evidência de que a inflamação causou lesão ao tecido nervoso. |
Aprenda
mais sobre meningites em:
Textos de apoio: meningite purulenta, abscessos Lâminas: Leptomeninges normais para comparar A. 267, Peças: meningite
Banco de imagens: meningite, abscesso, empiema
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