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Em crianças, a patologia venosa é mais importante. |
A trombose
de uma veia da convexidade cerebral é rara e não tem maiores
conseqüências devido à abundante circulação
colateral.
Mais séria é a obstrução de um seio venoso da dura-máter, que provoca infarto hemorrágico. Isto porque há estase no território drenado pelo seio, que causa hiperemia passiva, necrose e infiltração hemorrágica, especialmente na substância cinzenta, por ser a mais vascularizada. Tromboses venosas cerebrais podem ser assépticas ou sépticas. As assépticas decorrem das causas de trombose estudadas na Patologia Geral (tríade de Virchow):
A trombose do seio sagital superior é mais freqüentemente asséptica e causa infarto hemorrágico de um ou ambos hemisférios cerebrais nas proximidades do seio. O infarto pode ser assimétrico. O trombo pode organizar-se e recanalizar-se. Se houver sobrevida, o tecido necrótico é reabsorvido, restando cicatriz gliótica ferruginosa. Clinicamente, há mono- ou diplegia crural e aumento da pressão intracraniana. A trombose do seio cavernoso é geralmente secundária a infecção na região central da face (olhos, nariz ou seios paranasais). Há trombose das veias faciais e oftálmicas, uni-ou bilateral, com intenso edema dos tecidos orbitários, proptose, hemorragias retinianas e paresia dos músculos oculares. O tratamento baseia-se em antibioticoterapia. Pode haver regressão do quadro após a recanalização do trombo. A trombose da veia de Galeno, do seio reto ou das veias cerebrais internas é rara, mais freqüente em crianças, podendo ser séptica ou asséptica. É sempre fatal. Causa infarto hemorrágico da porção central do cérebro, incluindo os centros semi-ovais (i.e. a substância branca profunda dos hemisférios), núcleos da base e tálamos. |
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