Malformação artério-venosa (MAV)
do hemisfério cerebral D 
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Fem.  18 a. Epilepsia desde os 7 anos com crises parciais complexas. Aos 18 anos, após crise parcial, ficou com hemiparesia completa de predomínio bráquio-facial E.

 
RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA
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CORTES CORONAIS E AXIAIS, 
T1 COM CONTRASTE
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            MAV. No hemisfério D, grandes vasos intraparenquimatosos aparecem com flow void (ausência de sinal) devido ao alto fluxo. Veias de grande calibre drenam da MAV para o seio sagital superior. Há forte impregnação do tecido nervoso do hemisfério entre os vasos dilatados devido à ausência de barreira nestas regiões, e também uma impregnação mais acentuada da foice do cérebro e da tenda do cerebelo. 

             Nestes cortes coronais, além da MAV, nota-se grande espessamento da díploe do osso frontal. Isto pode dever-se a uma maior vascularização por conta da MAV ou pode ser um hemangioma da própria díploe.

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CORTES  CORONAIS, T2, mostram que a MAV está localizada no lobo frontal D, atingindo os giros do cíngulo, frontal superior, médio e inferior, e giro reto, no lobo parietal e parte anterior do occipital. A lesão afeta ainda o corpo caloso e a parede do ventrículo lateral D. O lobo temporal e os núcleos da base estão poupados.   Há alteração do sinal do hemisfério cerebral D, com perda da distinção entre substância branca e cinzenta e atrofia cortical por isquemia crônica. Os grandes vasos, calibrosos e de rápido fluxo, aparecem com flow void. Entre os vasos há áreas de hipersinal, devidas a gliose do tecido cerebral no meio da malformação. A A. carótida interna D, especialmente no seu ramo principal, a A. cerebral média D, está aumentada de volume em virtude do alto fluxo sanguíneo pela MAV (visível no 2º. corte).  Nos cortes da fileira de baixo vêm-se as grandes veias de drenagem para o seio sagital superior que também está muito dilatado. Há também aumento de espessura da díploe (pode ser variação do normal ou alteração associada à malformação vascular). 
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CORTES  AXIAIS, T2, mostram achados semelhantes. Há aumento da A. cerebral média D e ramos (visível no 2º. corte).  É, contudo, difícil definir exatamente quais vasos são responsáveis pelo enchimento e drenagem de uma MAV, mesmo com angiografia. Pode haver suprimento por vários vasos, inclusive bilaterais, e drenagem para mais de um seio. 
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T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE FLAIR
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CORTES  AXIAIS, FLAIR, mostrando as grandes veias de drenagem para o seio sagital superior, que também está muito aumentado de calibre. 
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CORTES SAGITAIS mostram que a MAV atinge desde a convexidade até o corpo caloso e o ventrículo lateral D. Na primeira fileira, os cortes correspondem ao hemisfério E, não afetado. Nos cortes da 2a. fileira, grande aumento de volume da A. cerebral anterior D e do seio reto (destacado por contraste).  Os núcleos da base, tálamo, lobo occipital, fossa posterior (tronco e cerebelo) não são afetados. 
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE
CORTES  AXIAIS
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