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MAP2.
Este anticorpo contra proteína associada a microtúbulos
(microtubule associated protein) (para breve texto,
clique), dá preparados
soberbos do córtex cerebral humano, permitindo visualizar a morfologia
dos neurônios normais, e sua arquitetura em colunas e camadas. O
sítio principal de marcação é o citoplasma,
destacando com elegância a arborização dendrítica.
Os núcleos dos neurônios e células da glia não
se marcam, tomando a hematoxilina, corante de fundo. Também as baínhas
de mielina não aparecem.
MAP2 dá resultados comparáveis aos das antigas técnicas metálicas dos pioneiros da Neuropatologia, como Golgi, Cajal e Rio Hortega. Comparar com HE, Luxol fast blue (uma coloração de anilina para neurônios e mielina), NeuN (outro anticorpo para neurônios). No conjunto, essas técnicas dão boas informações sobre a morfologia do córtex, sendo de grande valia em estudos de displasia cortical em casos de epilepsia. |
MAP2. Córtex sensitivo. Montagem de duas fotos em aumento fraco (objetiva 4) (ambas apresentadas separadamente a seguir) de córtex visual, área 17 de Brodmann, na fissura calcarina da face medial do lobo occipital. Como já visto em HE e LFB-Nissl, observam-se as camadas corticais com neurônios pequenos, parte piramidais, parte granulosos. Para morfologia dos neurônios piramidais em HE, clique. Para microscopia eletrônica do córtex cerebral, clique. |
Neurônios
não marcados.
Raros neurônios não mostram marcação citoplasmática para MAP2, em contraste com os vizinhos fortemente positivos. O motivo nos escapa. O mesmo fenômeno se observa com NeuN. |
Córtex motor. Imunohistoquímica para MAP2. A reação para MAP2 foi realizada também no córtex motor, área 4 de Brodmann, no giro pré-central. A principal diferença com o córtex sensitivo (visual) acima é o tamanho dos neurônios. Aqui temos grandes neurônios piramidais motores, inclusive várias células gigantes de Betz. Estas, situadas na camada V ou ganglionar, já foram discutidas em HE. |
Grânulos de lipofuscina. Como já comentado em HE, muitos grandes neurônios acumulam pigmento pardacento de desgaste no citoplasma, progressivamente com o passar dos anos. Aqui, toma a hematoxilina, ficando em tom azul pálido. | |
Substância
branca subcortical - neurônios ectópicos.
Um grande valor do MAP2 é demonstrar com forte contraste os neurônios ectópicos da substância branca subcortical. São também facilmente observáveis com NeuN. Estas células presumivelmente atrasaram-se durante a migração a partir da matriz subependimária na vida fetal, para formar as camadas de córtex. Seu número é variável e discutível seu significado. |
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Geralmente são bipolares, com prolongamentos curtos saindo dos polos do corpo celular alongado e paralelos aos axônios da substância branca. O núcleo é pequeno, sem nucléolo. Sem imunohistoquímica é muito difícil identificar neurônios ectópicos. |
Agradecimentos. Preparações imunohistoquímicas do Laboratório de Pesquisa, Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, pelas técnicas Ana Cláudia Sparapani Piaza, Luzia Aparecida Magalhães Ribeiro Reis e Arethusa de Souza. |
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